“O mestrado da Layla é inovador porque propõe um duplo sentido. Primeiro o de repensar a historiografia do DF, considerando a presença e o protagonismo das pessoas negras. Depois, contribui do ponto de vista do patrimônio e dos debates de história, ajudando a qualificar como um ofício o trabalho das trancistas”, destaca a orientadora da Tranças no Mapa e coordenadora do Mespt, Cristiane Portela. Utilizando metodologias de cartografia social, mapeamento participativo, educação popular e história oral, a pesquisa é dividida em três etapas: mapeamento digital, que começou em abril, segue até agosto, e já conta com o registro de mais de 50 trancistas negras de DF e Entorno; oficina de mapa afetivo (presencial) e patrimônio cultural afro-brasileiro (on-line); e apontamentos de direito à memória e políticas públicas para o Estado, voltado para trancistas negras. Cada etapa da pesquisa compõe objetivos específicos que terão perspectivas locais e nacionais. O mapeamento pode ser respondido por trancistas negras maiores de 18 anos, por meio de formulário on-line da plataforma de crowdsourcing e mapeamento Ushahidi, instrumento que auxilia comunidades a transformar informações em ação.